quinta-feira, 19 de março de 2009

Mudança de Rumo do Blog

Tínhamos no Brasil 2 blogs dedicados ao Draft da NFL, o próprio NFL Draft Brasil e o Heisman Brasil. Não era muito racional manter os 2 trabalhando paralelamente quando poderíamos ter 1 blog só com mais qualidade. Por isso, eu e Bruno Macedo, o dono do blog Heisman, decidimos unir forças. Como o wordpress tem mais recursos que o blogger, o endereço dele foi escolhido como o destino dessa união. Portanto, para continuar lendo sobre o Draft da NFL, basta acessar o http://heismanbrasil.wordpress.com/

Mas esse blog aqui não será extinto. Mudará de nome, endereço e propósito. O NFL Draft Brasil agora é o Planeta NFL, que terá artigos sobre a NFL em geral. Algo bem abrangente, não tratando de notícias ou afins (pois já temos diversas fontes sobre isso), mas sim textos e colunas sobre o que acontece no universo da bola oval. É o que eu chamei na enquete atual de ''Textos opinativos e artigos", mas agora não somente sobre o Draft.

Espero que aprovem as mudanças!

terça-feira, 17 de março de 2009

Resultado da Enquete


"Quem foi o grande destaque do Senior Bowl?"

O escolhido foi o DT BJ Raji, com 41% dos votos.

Próxima enquete: Qual tipo de texto você prefere do blog?
  • Textos informativos, como recaps do Senior Bowl e do Combine e notícias do Draft
  • Textos opinativos e artigos, como o "Dicas de Scouting", "Você sabe o que é um tweener" e o "Trocas no Draft"

segunda-feira, 16 de março de 2009

Trocas no Draft: análise geral

Custou ao Saints quase 30 M para subir no Draft, mas o time conseguiu o jogador que queria e Ellis correspondeu em campo

O Draft é o dia mais movimentado da NFL quando o assunto são trocas. Este evento não é simplesmente uma escolha ordenada de jogadores, mas também uma forma para os GMs fazerem negócios, câmbio de mercadorias e se mexerem para conseguir todos os jogadores-alvo do time. A escolha do jogador torna-se ainda mais complicada quando pensamos no fator econômico envolvido. Muitas vezes lemos nos diversos mock drafts que tal local do draft é muito alto para um determinado jogador. Isso não se refere somente ao talento do jogador em relação aos que ainda estão disponíveis, mas também leva-se em conta o salário que receberá esse rookie. O raciocínio é simples, quanto mais cedo escolhido, maior a quantia de dinheiro. Quantia esta que só tem crescido nos últimos anos. No ano passado, o #1 Jake Long assinou por 5 anos no valor de $57.5 milhões, sendo 3oM garantidos. O rookie do ano, QB Matt Ryan, assinou por 6 anos, $72 milhôes, sendo 34M garantidos. O último jogador do 1o round, o S Kenny Phillips, receberá por 5 anos $11.15 M. Ou seja, os rookies já chegam na NFL ganhando mais que a grande maioria dos jogadores, com salários de verdadeiros astros. Logo, escolher no Draft, principalmente no 1o round, não é simplesmente pegar um jogador, é fazer um investimento muito caro no seu time e que, por isso, deve ser altamente calculado.

Trade Up, ou seja, subir no draft, é, portanto, ponderar entre conseguir o seu jogador favorito e arcar com as pesadas consequencias econômicas. Essa decisão não é simples. Mas, da mesma forma que um time não quer penalizar ainda mais o Salary Cap, ele quer ter a certeza de pegar o seu jogador favorito para investir o seu dinheiro da melhor forma. Logo, a ''arte'' do trade up ainda é muito recorrente no Draft. Só em 2008, ocorreram 8 trocas no 1o round. A mais cedo ocorreu no sétimo pick, no qual o Saints subiu do #1o para o #7 (que era do Patriots) para escolher o DT Sedrick Ellis. Isso representou uma diferença (impressionante) de quase 30 M no contrato (Ellis assinou por 5 anos, 49M. Já Jerod Mayo, escolhido pelo Pats, assinou por 5anos/18.9M). Grande custo financeiro para o Saints, mas não podemos dizer que não valeu a pena: Ellis foi o melhor rookie DT, conseguindo uma vaga de titular logo de cara, além de 30 tackles e 4 sacks. Além disso, o Cincinnati Bengals estava pronto para pegar Ellis um pick antes do Saints. O Saints teria que, então, mudar de direção, já que havia uma grande diferença entre Ellis e os outros DTs disponíveis (o próximo DT escolhido foi Kentwan Balmer (pick 29), que ainda assim tem características diferentes de Ellis. O DT similar a Ellis mais próximo foi Trevor Laws, no pick 47, pelo Eagles, que teve apenas 12 tackles e nenhum sack.) Essa análise do trade up do Saints foi para embasar o argumento de que o trade up ainda é válido pois vale pesar mais o bolso se é para fazer um investimento certo.

Agora sobre o Trade Down... Muitas vezes vejo os fãs da NFL dizendo que querem que o time dê trade down no Draft, afinal a idéia de acumular mais picks é sempre muito interessante. No entanto, trade down não se baseia em vontade de quem quer descer, mas muito mais em vontade de quem quer subir e principalmente os jogadores disponiveis no momento. Qualquer time, na hora que está no relógio, fica atento ao seu telefone. Pode até ter um jogador muito visado, mas sempre estará disposto a ouvir propostas de troca. Portanto, o que acontece é um time se dispôr a subir. Até porque se um time declarar abertamente que quer descer, seu nível de barganha cai e receberá menos do que poderia.

Por fim, uma ótima dica para ver que trocas podem ocorrer no dia do Draft é seguir a tabela de pontos por pick, ou Trade Value Chart . É como uma balança para ver se os picks estão equilibrados e um ponto comum possa ser atingido. Por exemplo, a já falada troca entre Saints e Patriots em 2008: O Patriots deu os picks 7 e 164, que somam 1525,8 pts, e recebeu os picks 10 e 78, que somam 1500 pts. Os valores são próximos o que justifica a troca.